Como Investir no Futebol Feminino?
Quem assistiu a emocionante final da Copa do Mundo de Futebol Feminino neste domingo, 17/07/2011, certamente não teve a sensação de tempo perdido como tiveram os que acompanharam o jogo da seleção masculina brasileira, eliminada da Copa América pelo Paraguai. Os que acreditam no futebol praticado pelas mulheres viram as meninas do Japão se sagrarem campeãs diante da fortíssima seleção dos Estados Unidos. A pergunta dos brasileiros é: Se temos talentos como Marta, Cristiane, Erika, Renata e muitas outras por que não podemos ser campeões também?
Seguir o modelo de sucesso dos EUA é uma saída. Investir como fazem os países europeus é outra. Usar a motivação de superação diante de tragédias semelhantes às do tsunami de março deste ano, como faz o Japão, poderia ser mais uma. Mas investir não é apenas colocar dinheiro de patrocinadores, mas atraí-los.
Uma boa saída para o Brasil é mesclar todas essas histórias e o começo está nas escolas como já sabem os norte-americanos, os japoneses e os europeus. Como vem sendo feito pelo atletismo há dois anos, ir atrás das crianças é a solução. Mas é preciso evoluir nessa busca, pois atualmente a procura por novos nomes no atletismo se limita a peneiras. Resolver o problema do futebol feminino passa pela necessidade de criar uma saída para todas as modalidades esportivas praticadas por aqui.
Aliar esporte e educação com o viés do financiamento pode dar certo. Uma ideia é melhorar a fórmula dos JIMI e criar torneios municipais, estaduais e nacionais entre as escolas, ampliando o que vem sendo feito para as Olimpíadas da Matemática, estabelecendo prêmios para os estudantes, os professores, treinadores e as escolas. Mais vitórias, mais recursos para as unidades vencedoras, mais bolsas de estudo para os jovens e mais gente interessada em ver o esporte como uma carreira. Talvez assim, sejamos um dia uma mistura de Estados Unidos, Japão, Alemanha...
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