Turismo no Brasil cresce
Cidades apostam em eventos culturais
O estudante Daniel Andrade, de 21 anos, já considera ter aproveitado bem as férias de julho, mesmo antes do fim do período de descanso escolar. Ele esteve no Rio de Janeiro e realizou um sonho antigo: conhecer a praia de Copacabana. Segundo o próprio Daniel, poderia ter feito isso há algum tempo, mas quando soube que Lenny Kravitz, seu cantor preferido, se apresentaria no “Live Earth”, percebeu que esse era o momento exato. “Foi uma experiência única: conheci meu maior ídolo, na praia que eu mais amo e ainda participei de um concerto de consciência ambiental!”, diz Daniel. “No fim, até pensei em ficar para ver os jogos do Pan, mas precisava voltar para o trabalho...”, lamentou.
O estudante de Belo Horizonte é mais um turista a contribuir para uma lista de recordes relacionados ao setor de viagens no Brasil. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas indica que o turismo no País continua em franco crescimento. Os números foram anunciados no último dia 10 de julho pela ministra do turismo, Marta Suplicy. De acordo com o estudo, o número de desembarques domésticos de janeiro a abril alcançou a marca de 16,4 milhões, 9,1% acima do registrado no mesmo período de 2006.
O impacto de grandes eventos como os recentes shows ao ar livre e a realização do torneio Pan-americano ainda não foi computado na pesquisa, mas deve aparecer nos próximos relatórios. O Ministério do Turismo considera que esses acontecimentos atuam como uma alavanca na atração de visitantes para o Rio de Janeiro e também para o Brasil. Os viajantes estrangeiros deixaram no País US$ 1,332 bilhão de dólares no primeiro trimestre, o que representa 9,7% a mais que os gastos realizados nos três primeiros meses do ano passado. Estimativas do ministério indicam, ainda, que o Brasil deve receber um total de 6 milhões de turistas de outros países até o fim de 2007 e o número pode chegar aos 12 milhões em 2010. Para atingir esse patamar, o governo federal deve continuar com a campanha “Vai Brasil”, voltada para o incentivo às viagens pelo território nacional.
De olho nos dividendos do mercado turístico, cada cidade faz o que pode no intuito de atrair uma parcela para si. Para competir com os principais destinos do nordeste, São Paulo investe no turismo de lazer que já apresenta desempenho semelhante ao conquistado pelo turismo de negócios. A modalidade de viagem avançou 18% nos primeiros cinco meses de 2007. “Esse é o resultado do crescimento no número de espetáculos na cidade”, afirma Caio Luis de Carvalho, presidente da SPTuris, empresa de promoção turística e de eventos da capital paulista. Ele destaca que a ocupação média dos hotéis este ano registra médias de 70%, contra 65% e 60% em 2006 e 2005, respectivamente.
Há alguns anos Belo Horizonte se esforça para marcar presença no setor de turismo de negócios e investe na recepção de feiras, congressos e simpósios; aproveitando-se inclusive da proximidade geográfica das cidades históricas no entorno da capital. O município, agora, também quer se destacar no chamado “turismo cultural” e consolidou uma série de eventos como festivais de teatro, dança e de bonecos; além de um concurso da melhor comida de boteco; cada um com uma data fixa no calendário. A partir desse ano, BH passa a dedicar mais recursos na tradição das festas juninas. O concurso de quadrilhas “Arraiá de Belô”, em sua 29ª edição, ganhou atenção especial com disputas em toda a cidade e uma festa para escolher o melhor grupo de dança, com a instituição de um ranking das agremiações. “A festa junina é algo que remete diretamente à cultura dos mineiros”, diz Tadeu Martins, diretor de eventos da Belotur. “Queremos fazer dessa festa o mesmo que foi feito com o carnaval do Rio de Janeiro. Estamos nos esforçando na profissionalização dos grupos participantes. Com isso esperamos atrair os turistas que se interessem pelas comemorações de São João”, comenta.
A expectativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (Sindhorb) é de que o faturamento do setor hoteleiro da cidade siga aumentando aproximadamente 10% ao ano. O turismo no Brasil passa por um bom momento e pode continuar a gerar empregos e renda por um longo período. Mas os empresários do setor alertam para a necessidade de investimentos contínuos e da imediata solução para os gargalos do setor de transportes, em especial, a atual crise do setor aéreo. O presidente do Sindhorb conclui: “O turismo só vai continuar avançando se as políticas para o setor forem constantes. Sem novos recursos, nada prospera”.
O estudante de Belo Horizonte é mais um turista a contribuir para uma lista de recordes relacionados ao setor de viagens no Brasil. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas indica que o turismo no País continua em franco crescimento. Os números foram anunciados no último dia 10 de julho pela ministra do turismo, Marta Suplicy. De acordo com o estudo, o número de desembarques domésticos de janeiro a abril alcançou a marca de 16,4 milhões, 9,1% acima do registrado no mesmo período de 2006.
O impacto de grandes eventos como os recentes shows ao ar livre e a realização do torneio Pan-americano ainda não foi computado na pesquisa, mas deve aparecer nos próximos relatórios. O Ministério do Turismo considera que esses acontecimentos atuam como uma alavanca na atração de visitantes para o Rio de Janeiro e também para o Brasil. Os viajantes estrangeiros deixaram no País US$ 1,332 bilhão de dólares no primeiro trimestre, o que representa 9,7% a mais que os gastos realizados nos três primeiros meses do ano passado. Estimativas do ministério indicam, ainda, que o Brasil deve receber um total de 6 milhões de turistas de outros países até o fim de 2007 e o número pode chegar aos 12 milhões em 2010. Para atingir esse patamar, o governo federal deve continuar com a campanha “Vai Brasil”, voltada para o incentivo às viagens pelo território nacional.
De olho nos dividendos do mercado turístico, cada cidade faz o que pode no intuito de atrair uma parcela para si. Para competir com os principais destinos do nordeste, São Paulo investe no turismo de lazer que já apresenta desempenho semelhante ao conquistado pelo turismo de negócios. A modalidade de viagem avançou 18% nos primeiros cinco meses de 2007. “Esse é o resultado do crescimento no número de espetáculos na cidade”, afirma Caio Luis de Carvalho, presidente da SPTuris, empresa de promoção turística e de eventos da capital paulista. Ele destaca que a ocupação média dos hotéis este ano registra médias de 70%, contra 65% e 60% em 2006 e 2005, respectivamente.
Há alguns anos Belo Horizonte se esforça para marcar presença no setor de turismo de negócios e investe na recepção de feiras, congressos e simpósios; aproveitando-se inclusive da proximidade geográfica das cidades históricas no entorno da capital. O município, agora, também quer se destacar no chamado “turismo cultural” e consolidou uma série de eventos como festivais de teatro, dança e de bonecos; além de um concurso da melhor comida de boteco; cada um com uma data fixa no calendário. A partir desse ano, BH passa a dedicar mais recursos na tradição das festas juninas. O concurso de quadrilhas “Arraiá de Belô”, em sua 29ª edição, ganhou atenção especial com disputas em toda a cidade e uma festa para escolher o melhor grupo de dança, com a instituição de um ranking das agremiações. “A festa junina é algo que remete diretamente à cultura dos mineiros”, diz Tadeu Martins, diretor de eventos da Belotur. “Queremos fazer dessa festa o mesmo que foi feito com o carnaval do Rio de Janeiro. Estamos nos esforçando na profissionalização dos grupos participantes. Com isso esperamos atrair os turistas que se interessem pelas comemorações de São João”, comenta.
A expectativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (Sindhorb) é de que o faturamento do setor hoteleiro da cidade siga aumentando aproximadamente 10% ao ano. O turismo no Brasil passa por um bom momento e pode continuar a gerar empregos e renda por um longo período. Mas os empresários do setor alertam para a necessidade de investimentos contínuos e da imediata solução para os gargalos do setor de transportes, em especial, a atual crise do setor aéreo. O presidente do Sindhorb conclui: “O turismo só vai continuar avançando se as políticas para o setor forem constantes. Sem novos recursos, nada prospera”.
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