Pintura rupestre em uma das grutas Trilha em um antigo fundo de mar
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Retratos do Tempo Um lugar que foi fundo de mar há 90 milhões de anos. Onde habitavam tigres dentes-de-sabre, da era do gelo; tatus e preguiças gigantes, milhares de anos depois e muito depois; e ainda mais tarde, homens da caverna. Lajedo de Soledade é o nome dado a uma área de quase 1 km2 considerada um tesouro arqueológico. Distante 352 km a oeste de Natal, capital do Rio Grande do Norte, o lugar é um exemplo de exploração sustentável. Protegido pela Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS), formada por geólogos e financiada pela Petrobrás, o sítio recebe cerca de 6 mil visitantes por ano. Antes ameaçado pelo homem, agora tem no ecoturismo uma alternativa à destruição de um valioso registro histórico. Até 1991, o terreno rico em calcário era minerado para produção de cal. Explosões colocavam em risco 53 painéis de pinturas rupestres, datadas de 3 mil a 10 mil anos; fósseis de animais e de moluscos e, ainda, cavernas formadas pela ação do mar, entre elas a